TV brasileira completa 75 anos e se prepara para nova revolução com a chegada da TV 3.0

No dia 18 de setembro de 1950, o Brasil entrou para a história como o primeiro país da América Latina a ter transmissões regulares de televisão. A estreia ocorreu em São Paulo, com a inauguração da TV Tupi Difusora, de Assis Chateaubriand, em uma noite marcada por discursos, apresentações artísticas e o fascínio diante da novidade. Poucos tinham acesso aos aparelhos, importados e caros, mas logo a televisão se tornaria parte essencial da vida cotidiana dos brasileiros.

A popularização viria em ondas sucessivas: nos anos 1970, a chegada da TV em cores, exibida pela primeira vez durante a Festa da Uva em Caxias do Sul, consolidou o aparelho como símbolo de status e integração cultural. Nas décadas seguintes, a indústria nacional barateou os televisores e a expansão da rede elétrica levou a TV a praticamente todos os lares urbanos.

Já nos anos 2000, a transição para o sinal digital trouxe melhor qualidade de imagem e som, além de novos recursos interativos. Nesse processo, a Anatel teve participação decisiva: não apenas na regulação do espectro, mas também na condução do GIRED (Grupo de Implantação da TV Digital), responsável por planejar e executar a migração do sinal analógico para o digital em todo o país, garantindo a distribuição de conversores e a desocupação da faixa de 700 MHz para o 4G.

Hoje, ao completar 75 anos, a televisão brasileira se prepara para mais uma revolução: a chegada da TV 3.0. A nova geração permite transmissões em 4K e até 8K, áudio imersivo, maior interatividade e melhor recepção em dispositivos móveis. Mais uma vez, a Anatel desempenha papel central, coordenando a organização das frequências, aprovando normas técnicas e contribuindo para a transição de forma a garantir que a inovação chegue a todos os brasileiros, em harmonia com serviços como o 5G.

Assim, de uma noite solene em 1950 aos testes tecnológicos que desenham o futuro próximo, a televisão brasileira completa 75 anos reafirmando sua capacidade de se reinventar e de manter-se como um dos meios de comunicação mais relevantes do país.